Todas as pessoas, em todos os aspectos da vida, têm um modelo, algo que marca de tal modo sua presença e causa uma impressão tão forte que passa a ser o objetivo único, o exemplo perfeito.
No esporte, em geral, e no golfe, em particular, nada mais é verdadeiro. Os jogadores têm sempre um modelo, algum outro golfista melhor do que eles próprios, do qual tenta copiar caracterÍsticas.
Acontece que o golfe é um esporte singular, e onde não existe outro objetivo senão o de embocar com o menor número possÍvel de tacadas. Nele é inteiramente válida a pergunta: quantas tacadas? Como foram dadas realmente não interessa.
O swing, à exceção de algumas regras fundamentais (como no green, quando os putts têm de ser dados com os pés em linha diferente da linha do buraco), é inteiramente livre, isto é, não há estilo obrigatório nem ninguém é julgado pela beleza de seu estilo. Ganha quem conseguir dar menos tacadas.
é claro que um jogador com um estilo natural (e não bonito) vai jogar bem durante mais tempo que outro cujo estilo seja forçado, mas todos, com um pouco de treino, podem tornar naturais os movimentos aos quais não estejam habituados.
Sendo o golfe um esporte altamente individual e como os jogadores apresentam condições fÍsicas (e também psÍquicas) diferentes uns dos outros, é de se esperar que seus swings também sejam diferentes. Ninguém precisa imitar os swings alheios para jogar bem. O que é necessário, fundamental, é que o jogador tenha os princÍpios corretos. Se isto acontecer, o taco vai pegar bem na bola, não interessa o caminho que fez para chegar até lá no local de impacto. O importante é que ele chegou com a velocidade e inclinação certas.
Um exemplo: dois jogadores de alturas diferentes não podem, obviamente, ter swings idênticos. é claro que o mais baixo terá tendência para fazer um plano de swing de ângulo mais baixo do que o jogador mais alto.
A não ser que um dos dois tenha algum problema fÍsico, ou alguma anormalidade muscular, ambos vão executar tacadas corretas, fazendo o taco viajar de formas diferentes. O que interessa, porém, é o resultado, e que pode ser idêntico, apenas com uma tendência maior para o jogador mais alto fazer a bola subir mais, até mesmo o problema da distância poderá ser superado pelo mais baixo, pois se o arco do outro é maior com um swing menor, ele (o mais baixo) tem mais base para fazer um swing um pouco mais longo. golfe.tur.br
Assim os dois poderiam executar a mesma tacada - correta - fazendo swings diferentes. O único cuidado a ser tomado é com os princÍpios básicos, que já foram definidos várias vezes, alguns incluindo mais ou menos aspectos, mas que podem ser resumidos em cinco pontos principais: 1) o grip; 2) o stance; 3) o backswing; 4) o downswing e o impacto; 5) o follow-through.
O grip e o stance, por serem estáticos, têm algumas regras básicas, que devem ser seguidas por todos. No grip, o objetivo é conseguir segurar o taco com firmeza, para que ele não mude de posição entre as mãos durante o swing.
A mão esquerda não deve ser virada demasiadamente para a direita e a mão direita deve segurar o taco com os dedos e não com a palma. Com isto, e sem exercer força demasiada, o golfista consegue que as mãos trabalhem juntas, e não uma contra a outra, durante o swing.
O stance tem por objetivo formar uma base sólida sobre o qual se desenvolve o swing. O peso dividido igualmente entre os dois pés, a cabeça confortavelmente colocada, de modo a não obstruir o caminho dos ombros (o que acontecerá se ela estiver demasiadamente baixa), as pernas levemente dobradas para um maior equilÍbrio e o stance estará pronto.
Quanto à colocação da bola, ela varia de jogador para jogador - dependendo de onde o arco do swing atinge o seu ponto mais baixo e de onde a cabeça do taco tem maior velocidade - mas de modo geral, para as tacadas mais longas, e mais altas, a bolda deve ficar mais à frente, isto é, mais na direção do pé esquerdo.
Com o grip e o stance corretos - isto é, basicamente corretos, com os fundamentos certos para o seu corpo - o jogador está habilitado a fazer um swing igualmente certo, no sentido de que fará uma tacada sólida e precisa, sem necessidade de copiar o swing de ninguém, apenas os fundamentos. Assim, o backswing não precisa ser por dentro nem por fora, desde que este por dentro ou por fora não sejam exagerados. O objetivo é levar o taco mais longe que se puder da bola, sem se perder o equilÍbrio nem a firmeza, de modo a conseguir desenvolver a velocidade máxima até a bola.
No top do backswing, qualquer que tenha sido o caminho do taco - e é claro que se o puxarmos muito para fora, muito por dentro, ou abruptamente,vai ser difÍcil um movimento natural, que é o nosso objetivo - o jogador deve estar equilibrado. Isto é fundamental. A maioria dos jogadores tende a fazer um swing muito grande, quando então não conseguem mais manter o equilÍbrio ou, com medo disto, executam um muito pequeno. Deste modo, perdem toda a possibilidade de uma tacada forte.
Por isso cada um tem um limite até onde pode ir com o backswing, que normalmente é até onde consiga manter o equilÍbrio, ou um pouco menos (como um coeficiente de segurança em obra de engenharia). A cabeça não deve mover-se muito, para que o eixo em torno do qual é feito o swing seja mantido e, assim, não haja um movimento lateral para trás ("sway", o que causará a perda do efeito mola dos músculos das costas e das pernas) impedindo o giro dos ombros.
Os ombros devem girar cerca de 90 graus, contra aproximadamente 60 graus da cintura, para que haja tensão nos músculos das costas, o que aumentará a força (isto é, a velocidade) do taco na descida. Boa parte do peso, igualmente dividido no stance, deverda vir para a perna direita. Com isso, se tem mais peso para jogar em cima da bola.
Quanto ao downswing e o impacto é fácil. O backswing sendo correto, o jogador tem todas as armas para descer o taco de modo adequado, imprimindo o máximo de velocidade sem perder o controle da cabeça do taco.
Inicialmente as cadeiras, milésimos de segundo depois os braços, descem em direção à bola. Novamente o trajeto do taco não é tão importante assim. Apenas deve-se tomar dois cuidados: não tentar bater na bola antes demais (quebrar os pulsos muito cedo) ou depois (o contrário), nem mover demasiadamente a cabeça, o que tira o swing do eixo e torna impossÍvel o taco pegar na bola com precisão.
Todos os erros que podem ser cometidos causam apenas um efeito: o taco não pega na bola com a sua "cara" alinhada, ou se pega, não o faz com velocidade suficiente. Mas desde que estas duas coisas estejam corretas, nada mais interessa, pois a tacada foi boa e a bola certamente correu até onde se desejava.
Depois de bater na bola, teoricamente não interessa mais nada. Executou-se o que era necessário fazer. Mas, na prática, se pensarmos assim, não conseguiremos realizar uma tacada perfeita.
O objetivo é verificar, depois da tacada, que o equilÍbrio foi mantido e, principalmente, que o peso foi transferido quase que totalmente para a perna e o pé esquerdo. O jogador precisa ser capaz de manter o equilÍbrio levantando o pé direito do chão. As mãos devem permanecer altas, no fim (embora isso não seja uma necessidade, apenas conseqüência) e o grip - isto sim é necessário - deve continuar igual ao do inÍcio da tacada, sem a menor alteração.
Siga estes princÍpios básicos, adaptando-se ao seu fÍsico e ao seu corpo, sem a preocupação de imitar qualquer estilo, apenas fazendo com que tudo decorra naturalmente, sem erros de base, e mais da metade do caminho terá sido percorrido para a sua boa formação de golfista.
Importante é o fator naturalidade, e às vezes, a naturalidade não é tão natural assim. Os princÍpios básicos têm de ser obedecidos, nem que para isto seja necessário treinar algumas horas com um professor de modo a se perderantigos hábitos - que pareciam naturais - incorporando ao seu swing os fundamentos que o tornarão capaz de executar uma tacada sólida e precisa.
Dicas para Corrigir uma Tacada Fechada e Slice
A Tacada fechada é aquela que vai diretamente para a esquerda do alvo e está muito relacionada com o slice. Um slice é uma tacada que normalmente tem inÍcio ligeiramente à esquerda do alvo e então se desvia para a direita. A principal diferença entre as duas é que a tacada fechada é mais visual com ferros curtos e o slice é comum com ferros e tacos de madeira longos (que têm a lâmina menos inclinada). Em ambos os casos, o taco se aproxima da bola seguindo um trajeto de swing de fora para dentro, mas com a face do taco voltada para a esquerda do alvo no caso de uma tacada fechada e para a direita no caso de um slice.
A mira é simplesmente a direção para a qual a cabeça do taco está voltada na preparação e (pressupondo que se consiga um bom trajeto de swing) está invariavelmente na direção do local onde a bola vai chegar. A diferença entre a tacada fechada e o slice é que, pouco antes de atingir a bola, a face do taco estará apontando para a esquerda do alvo quando se tratar de uma tacada fechada, e para a direita do alvo no caso de um slice.
Tanto amadores quanto profissionais de primeira linha dão uma ênfase à linha bola-alvo, a linha imaginária que vai da bola até o alvo. Para uma tacada com boa mira, a lâmina da face do taco deve estar sempre em ângulo reto em relação à linha bola-alvo. golfe.tur.br
Um procedimento útil antes da tacada, sugerido por estrelas do golfe como Jack Nicklaus e Greg Norman, é se colocar alguns centÍmetros atrás da bola como ao alinhar um putt, e tentar escolher um divot ou alguma outra marca semelhante no chão situada a aproximadamente 1 metro ou 1,5 metros à frenta da bola e que esteja na linha bola-alvo. Focalize essa marca ao fazer a preparação em vez de tentar alinhar o alvo com alguma coisa à distância. A razão para fazer o alinhamento com uma marca a uma pequena distância à frente da bola é que assim ambas, bola e marca, estão no seu campo de visão ao mesmo tempo.
Com relação ao grip, não se deixe influenciar por ele: você não precisa segurar o taco como se o estivesse estrangulando. A pressão no grip deve ser firme e segura, mas não excessiva. Na mão esquerda, a linha entre o polegar e o indicador esquerdos deve apontar para um ponto situado à meia distância entre seu ombro direito e o queixo. Já a mão direita deve estar colocada no cabo de tal modo que a linhab entre o polegar e o indicador também aponte para o ponto situado entre o queixo e o ombro direito.
Para o caso de posição da bola para jogadores com handicap baixo, os jogadores mais experientes colocam a bola em oposição ao calcanhar esquerdo, para dar uma tacada com um taco de madeira, mas deixam a bola entre os pés ao usar um ferro curto. Já o jogador de handicap alto (menos experiente) deve posicionar a bola, para um taco de madeira, a 2,5 cm da parte interna do calcanhar esquerdo e, para ferros curtos, à meia distância entre os pés.
Quanto à postura, siga as seguintes instruções: 1) Fique ereto com os braços ao lado do corpo; 2) olhe para os cadarços de seus sapatos. Agora, flexione os joelhos até não poder ver mais os cadarços; 3) Mantendo as costas retas, projete o quadril para trás e incline a cabeça em direção à bola, mantendo o queixo levantado, afastado do peito; 4) Deixe os braços caÍrem naturalmente e segure o taco. Levante um pouco o ombro esquerdo (ou o direito, se for canhoto) e verifique se o peso de seu corpo está sobre a planta dos pés.